21 de Setembro : Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência




Olá pessoal, tudo bem ? 
Hoje vim falar sobre um assunto muito importante:  O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. E nada mais belo do que representar esse dia com um filme que trata bem sobre este assunto né?! Fiz uma pequena análise psicológica dos personagens. Espero que gostem!
Existem vários tipos de deficiência, mas iremos falar sobre uma específica hoje : O transtorno bipolar. Ele já foi retratado em outros filmes, mas aqui temos outras particularidades, não só deste diagnóstico, mas de outras formas de reagir aos conflitos existenciais. O foco da trama é a história  sobre Pat, que acabou de sair da clínica psiquiátrica, onde foi internado por ter batido no amante de sua esposa. Ele descobriu que era um bipolar não-diagnosticado, mas se recusa a se medicar. Além de estar obcecado com a ideia de reconquistar sua esposa, ele tem que enfrentar o preconceito, o medo e o desprezo de vizinhos e amigos. Durante sua jornada de recuperação, conhece uma garota chamada Tiffany, que também se encontra em uma etapa difícil. Após se tornar viúva, ela desenvolve compulsão sexual, adquirindo um comportamento promíscuo que lhe traz má fama. Para ambos houve um conflito insuportável como agente provocador do desequilíbrio, ponto que tanto os atrai quanto repele a ambos. O pai do protagonista é um senhor de meia idade viciado em apostas, que acredita seriamente que alguns resultados de jogos são influenciados pela presença ou não de alguém na sala ou acontecimentos importantes que ocorram simultaneamente ao jogo. Além de arriscar a estabilidade familiar com apostas, o provedor da casa apresenta alguns sintomas de TOC. O descontrole emocional é frequente mas não é restrito ao protagonista.

O espectador é mergulhado nas neuroses, agitações, hiperatividades do protagonista, que discute Hemingway, às três da manhã, com o pai. O filme indica os diversos rótulos usados para reduzir uma pessoa a um defeito, sintoma ou diagnóstico, esquecendo que por trás existe um ser singular e único, que não pode ser reduzido a qualquer rótulo. Ao abordar os sintomas da bipolaridade, são evidenciados tanto os episódios de euforia quanto os de depressão. 
 Aos poucos, identificamos mania, obsessão, compulsão, euforia, descontrole e depressão. De quebra, o enredo evidencia a família disfuncional como fundo. Está tudo lá, durante o processo de Pat, que através do encontro com Tiffany, vai lentamente se des-cobrindo. Interessante destacar a importância da arte - a dança – durante o processo, que se revela terapêutico para ambos. Como não poderia deixar de ser, o desfecho retorna ao previsível final feliz dos filmes.
Pat  sempre esta vestido com um saco plástico preto, desses usados para jogar lixo. Em uma analogia podemos perceber que a corrida é a fuga realidade, e o lixo é a exteriorização do que ele sente por dentro. Já não bastassem seus problemas habituais de saúde, que em nenhum momento há a negação desses problemas, o rapaz ainda tem que viver em um mundo que lhe vê como um monstro.

Dois quotes que selecionei, pois achei bem interessante:
Não quero ficar no lugar ruim, em que ninguém acredita no lado bom das coisas, no amor ou em finais felizes, e onde todo mundo me diz que Nikki não vai gostar de meu novo corpo, nem vai querer me ver quando acabar o tempo separados. Mas também tenho medo de que as pessoas de minha antiga vida não sejam tão entusiásticas quanto estou tentando ser agora.
Mas vou lhe dizer o mesmo que digo para meus alunos quando se queixam sobre a natureza deprimente da literatura americana: a vida não é um filme de censura livre para fazer com que a pessoa se sinta bem. Muitas vezes a vida real acaba mal, como aconteceu com nosso casamento, Pat. E a literatura tenta documentar essa realidade, mostrando-nos que ainda é possível suportá-la com nobreza.
O que achei: Essa foi, com certeza, a resenha mais difícil de escrever desde que entrei para o blog. O filme não tem uma trama surpreendente,  não é um dos melhores que já vi. Não tem nada específico nele que te faça "ficar de boca aberta". É simples. E nessa simplicidade, ele se torna mágico. 
Nada do que eu diga vai passar pra vocês o que eu senti enquanto via a história de Pat. Ele te envolve de tal forma que até a pessoa mais pessimista do mundo, após assistir, vai acabar por buscar um pouco mais o “lado bom da vida”. Simplesmente por que é impossível ser indiferente às lições de Pat. 



Resultado de imagem para o lado bom da vida

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